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29-Novembro-2007

Fóruns, antenas abertas e outras falas na rádio

Filed under: dicas,mediatraining,radio — Pp @ 22:36
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O povo gosta de falar na rádio.

Não sei se gosta de falar na rádio, ou de se ouvir na rádio.

Os importantes, vip´s, políticos, peritos e comentadores também gostam de se ouvir.

E de influenciar o mundo pela palavra.

Mas nestes programas há uns cromos que aparecem quase sempre e se o assunto é árido, notam-se a léguas. São os profissionais dos “programas do paleio”.

Ora decidi democratizar o acesso a estes fóruns de chamadas telefónicas contando alguns dos segredos que o podem fazer a si – caro leitor – um caso de sucesso na rádio.

Já agora importa ficar a saber que primeiro é preciso entrar para depois impressionar. 

  1. Ligue para a rádio logo que abram as inscrições. Fique atento. Geralmente as rádios escolhem uma hora regular para divulgar o tema e o telefone para onde ligar. Como geralmente só há um produtor do outro lado da linha prepare-se para carregar muitas vezes no botão de “repetir a chamada”

  2. Seja paciente. A espera pode levar até meia-hora até conseguir a sua inscrição.

  3. Uma boa táctica para conseguir subir na lista de entrada “no ar” é oferecer nessa primeira chamada uma frase forte ou resposta atractiva ao tema.~

  4. Desligue o rádio antes de entrar no ar. Evita o “feed-back”, aquele assobio agudo na rádio. As estações de rádio colocam no seu telefone o som que está a sair na rádio.

  5. Identifique-se. Se a sua função ou trabalho for importante ou relevante para o tema, diga-o. Dá-lhe credibilidade e distingue-o do “povo” que fala ao seu lado.

  6. Escreva num papel os dois ou três pontos que quer tocar na sua intervenção. Não para ler, mas para saber. E que sejam coisas simples e curtas.

  7. Se vai citar factos ou números, cite as fonte

  8. Seja simpático, não seja bronco nem rude. Não ataque os outros ouvintes ou o jornalista que conduz o programa.

  9. Não se esqueça que uma das funções do moderador é manter um programa com bom ritmo. Por isso não se aborreça se ele o interromper quando se está a alargar em argumentos longos e desinteressantes.~

  10. Sobre estes programas, perceba que 8 em cada 10 ouvintes são conservadores para não dizer reacionários. Mesmo que pareçam  comunistas, são consevadores do seu status quo. E esses grupos organizam-se profissional e metódicamente para ocupar os espaços nas antenas abertas.

(mais em Wal-Mart Member Education Kit May 2005)

21-Julho-2007

Patrões e o tiro no pé

Filed under: Sem categoria — Pp @ 10:47
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Ter uma mensagem clara, curta e concisa é um bom principio para que ela rompa as barreiras da imprensa e chegue aos destinatários.
Portanto e na óptica exclusivamente da comunicação, dizer uma barbaridade pode ser útil para uma maior eficácia.
O pior é que se a frase ou ideia forem transformados em mensagem demasiado clara podemos criar o efeito tsunami. E depois não adianta nada correr atrás da onda mediática com um balde de praia a tentar apanhar a água toda. A tentar desdizer o que se disse de forma tão rotunda.
Se a mensagem quebrou a barreira do som, haverá vidros partidos. E não adianta tentar cola-los com saliva.
Por esse efeito tsunami ou tiro no pé foi desta vez executado pelos patrões.
Basta ver a notícia que está hoje em todos os jornais, tv´s e rádios e que agora os mesmos patrões tentam parar munidos do seu baldinho de praia.
Pois é: as construções na areia são muito lindas enquanto estão húmidas (ontem) mas quando secam em dia de vendaval (hoje) sujam os olhos.

Confederações querem possibilidade de despedimento por razões ideológicas
As confederações patronais pretendem que venha a ser possível o despedimento por motivos políticos ou ideológicos, defendendo por isso o fim do artigo da Constituição que impede esta possibilidade. Em comunicado, estas confederações defendem ainda a limitação da greve aos interesses colectivos profissionais.
As confederações patronais pretendem eliminar da Constituição o artigo que impede o despedimento de trabalhadores por motivos políticos ou ideológicos, uma vez que
esta situação limita o despedimento individual.

in TSF

28-Junho-2007

TSF: Ministro sugere dar remédios fora de prazo «aos pobres»

Filed under: Sem categoria — Pp @ 12:23
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A TSF rádio das notícias deu barraca.

Pôs o ministro da saúde a dizer algo que afinal não disse.
Depois percebeu que meteu a “pata na poça” e corrigiu a notícia apenas factualmente como se nada tivesse acontecido.
Nem um pedido de desculpas, nem uma explicação aos ouvintes. Nada.

O meu índice de confiança na TSF desceu.

Deixo aqui as duas notícias.

Para que quiser comentar.
A BARRACA

Ministro sugere dar remédios fora de prazo «aos pobres»O ministro da Saúde,
Correia de Campos, aconselhou a entrega «a pobres» de medicamentos fora de
prazo, como forma de evitar o desperdício de fármacos.
De acordo com a TSF,
Correia de Campos intervinha numa conferência na Ordem dos Economistas quando
foi interpelado por um dos participantes, da Associação Nacional de Farmácias,
que exibiu um saco com medicamentos fora de prazo, no valor de 1.700 euros.
O ministro da Saúde referiu que «toda a gente sabe» que há desperdício de
medicamentos, nomeadamente que, por vezes, os utentes compram unidades a mais do
que necessitam. «Certamente essa Associação a que pertence tem pobres inscritos.
Talvez pudesse facultar esses produtos farmacêuticos para serem utilizados»,
recomendou o ministro.
Diário Digital / Lusa
28-06-2007
7:18:00

E COMO SAIR DUMA BARRACA, DE FININHO…

Ministro assegura que não defendeu medicamentos fora de prazo para pobres
O
ministro da Saúde garantiu que não defendeu a entrega de medicamentos fora de
prazo para os mais pobres. À TSF, Correia de Campos esclareceu que quando foi
confrontado com um saco de medicamentos que lhe foi mostrado por um
representante da Associação Nacional de Farmácias partiu do princípio que estes
estariam dentro do prazo.
( 09:14 / 28 de Junho 07 )

18-Junho-2007

OTA sim, Ota não. Diz que sim, diz que não

Filed under: Sem categoria — Pp @ 10:51
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As comadres andam com discursos contraditórios.

Temos duas versões para uma mesma verdade.

Escolha a que lhe convém

Versão 1:

Novo aeroporto de Lisboa
Van Zeller:
“Foi Sócrates que pediu à CIP para
avançar com estudo
de alternativa à Ota”

O presidente da CIP–Confederação da Indústria
Portuguesa garante que
foi a pedido do primeiro-ministro, José Sócrates, que
a confederação avançou
para o estudo de uma alternativa à Ota, abandonando a
ideia inicial de uma acção
com outras entidades.
Francisco Van Zeller
reafirma que “não houve qualquer
acordo prévio com o Governo” sobre quem
seriam as entidades promotores do estudo
ou sobre o seu conteúdo, mas apenas
a aceitação do pedido de Sócrates de que
fosse a CIP a promover o documento.

in Rádio Renascensa/RTP2

Versão 2:

Notícias sobre acordo do Governo com CIP são «fantasiosas», diz Governo
O Ministério das Obras Públicas considerou, este domingo,
«fantasiosas» as notícias sobre negociações entre o Governo e a CIP quanto ao
estudo sobre a opção Alcochete para o novo aeroporto, «desmentindo-as
formalmente»
em comunicado.

in TSF

17-Fevereiro-2007

A criatividade senhores, a criatividade

Filed under: RTP,sic,tvi — Pp @ 13:09
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As notícias estão uma chatisse pegada.
Não sei se tem notado ou se sequer partilham o meu ponto de vista.
Veja eu os jornais, ouvindo a rádio ou sendo contaminado pela radiação da televisão, tudo é um longo aborrecimento.
Poderiamos dizer que não há notícias ou que já estamos cansados da actuais, mas o problema parece-me mais profundo.
Tv´s, Rádios e Jornais são hoje meros repetidores de si próprios. Copiam-se, citam-se e alimentam-se em círculo vicioso.
A TSF fotocopia a Antena 1 e no RCP comenta-se o mesmo. A SIC notícias e a RTPN são iguais, excepto na cor de imagem. Público e DN escrevem o mesmo dia-sim-dia-não. Os jornais televisivos são iguais e citam rádios e jornais.

Dona Maria tira-me 50 fotocópias de jornalistas?
Mas o pior é a base desse alimento noticioso: A Agenda.
A Santa Agenda manda nas notícias por preguiça e inabilidade dos jornalistas, em particular os editores.
A agenda carregada de ministros, secretários, subsecretários, instituições, mofo, bolor, melgas, lixo.
E os jornalistas lá vão ajudando nesta carroça de eventos não notícia inventados pelos polítcos e agências de comunicação.
Resultado prático: os clientes estão a ficar fartos.
Os consumidores de notícias estão a abster-se em massa.
Os jornais perdem leitores e os directores – como o DN ou Público – são postos em causa ou mesmo demitidos. A rádio que já pouco vale, perdem ouvintes. A rádio das notícias claro, porque a rádio gira-discos sobe em flecha.
E a TV dos telejornais está a fugir para o AXN e FOX.
Pois é o entretinimento está a comer as notícias.
E porquê?
Porque a escolha dos jornalistas nos útimos anos deu prioridade aos operários produtivos. Pergunta-se sempre quantas notícias conseguem fazer por minuto, dia, semana.
Mas nunca se interoga se o candidato a jornalista tem curiosidade, inteligência comunicativa ou criatividade.´
Ainda por cima um criativo é subversivo para a autoridade do toti-potenciário Editor Agendeiro Imbecil e Mangas de Alpaca.
Parece-me que a hora da Criação está a chegar.
Mas pode demorar ainda mais 10 anos a florir.

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