Falar com um jornalista é um acto de vontade.
Ninguém fala com um jornalista obrigado ou coagido.
Em determinadas funções e no limite poderemos admitir a palavra pressionados.
Mas o divertido é o momento em que um entrevistado poderoso decide divertir-se com um entrevista.
E lança uma granada mediática. Melhor ainda, tem consciência do seu impacto e de que o melhor era ficar calado.
Mas aí entra o Ego e a vontade de contar coisas. Contar uma história. mostrar que se conhece o assunto. Que se sabe mais do que os outros.
E pronto por pura vaidade e até um sorriso trocista na mente, lá vai bomba!
Ou será que o procurador comprou o telemóvel na loja do Chinês?
"Vou dizer uma coisa com toda a clareza, que talvez não devesse dizer: acho que as escutas em Portugal são feitas exageradamente.
Eu próprio tenho muitas dúvidas que não tenha telefones sob escuta", declarou o responsável máximo do Ministério Público, sustentando a suspeita em “barulhos esquisitos” que o aparelho por vezes produz.
Pinto Monteiro (PGR – ao Sol)